Comida ou ração?

Qual a alimentação ideal para o seu pet num cenário de crise?

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Nina, Lora, Sofia, Nicodemus e Chico.

Sempre tivemos cachorros e nunca menos que três, a conta já chegou a cinco. Na minha cabeça, comida de bicho é ração. Já para o Batata… comida de bicho é comida que a gente come. Sempre guardo um saco de ração extra, ele sempre volta do mercado com um arroz tipo 2 “muquiado” nas compras.

A ração é prática, tá prontinha e ainda fica fácil para os meninos, que tem como tarefa alimentar os dogs. Já a comida, muitas vezes é necessário preparar ou ter a atenção de fazer a mais para sobrar.

A ração surgiu em meados de 1800 e foi em 1890 que a primeira alimentação exclusiva para cães começou a ser produzida. Após a Primeira Guerra Mundial, surgiu uma conserva úmida, feita a partir da carne cavalos falecidos em decorrência da guerra. Com a expansão da indústria alimentícia para animais de estimação, a década de 1930 marcou o início da produção de rações enlatadas para gatos e rações secas, como conhecemos hoje.

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Chico

 

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Nina Maria

 

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Sofia Cristina

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Lora Joaquina

 

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Apesar de o conceito ter surgido em meados do século XVIII, a popularização da ração como alimento exclusivo é bem mais recente. A forma mais tradicional para alimentar os cachorros consistia em uma receita baseada em sobras de carne e pão umedecido. Algumas famílias ofereciam apenas carnes cruas e ossos, outras, ofereciam aos cães além de pães e carnes, queijos, frutas e legumes e, estudos antigos mostram que com esse tipo de alimento os bichos tinham uma maior longevidade.

É certo que com o progresso o mercado para pets se expandiu e é um dos poucos que vem resistindo bravamente à atual crise, com um movimento de R$18 bilhões em 2015.

A variedade de rações nas prateleiras são inúmeras, mas então o que devo fazer? O que manter como preparação para os animais? O meu animal come de tudo ou está refém de apenas um produto? É pertinente carregar um peso extra ou devo partilhar a minha comida?

Esses são pontos que precisam ser avaliados.

O veterinário diz que ração é a melhor comida, exceto é claro outra ração, a natural também vendida para cães e gatos, que nada mais é que comida comum embalada em alguns casos até orgânica.

Por milhares de anos, os cães acompanharam o ser humano em sua tarefa de povoar o planeta, e foi a influencia desta parceria que mudou o rumo da história. O homem atual conviveu com outros “humanos” em sua escala evolutiva, e prevaleceu entre outros por conta da força bruta dos cães e sua partilha de recursos.

No passado os cães viviam mais, muitas raças extintas alcançavam os 25 anos de idade e não haviam rações mirabolantes nem remédios especiais.

Meus cachorros preferem carne, obvio, assim como meu marido também prefere, mas comem de tudo, de tudo mesmo. De frutas ao resto de saladas, grãos, pão, sopas e o maior ainda se dá ao luxo de selecionar mangas maduras no pé, pegando as que estão em seu alcance.

Em termos de preparação para longos períodos, alimentar os aminais é um desafio, já que a ração é volumosa em relação ao peso e uso.

“50 gramas de grãos de arroz ainda não cozidos é a média de consumo de um homem adulto na culinária típica da América do Sul, e se tal métrica funciona para prover de carboidratos energéticos um animal humano de 70 kg, também provê um cão de 40 kg, se vamos viver de arroz e horta com carne às vezes, eles também vão” – diz meu marido.

5 thoughts on “Comida ou ração?”

  1. Sra.Batata, tenho q concordar com seu marido,mesmo a ração sendo mais prática, ela tem curto prazo de validade e um grande volume. Todos os cães q tive foram alimentandos comendo de tudo e é visível como ficam mais fortes e saudáveis (comparei os meus com seus irmãos de ninhada e q só comiam ração de Boa qualidade), dificilmente adoeciam e tinham um vigor incrível. Acredito q tanto carregar (fulga) quanto estocar ração no longo prazo, seria complicado, enquanto q oferecer aos cães o q hã está sendo preparado para todos iria ser mais prático. Do mais essa é uma discuq não vai ter fim, cada um defendendo aquilo q acredita. Muito bom o texto. Até a próxima

  2. Tenho três cães (um casal de pastores alemães e uma husku siberiano), alimento eles com ração super premium e complemento com pão todos os dias e carne moida com frango uma vez por semana (sem sal), uma coisa legal de se fazer e q da um “upgrade” na ração é comprar farinha de osso (na minha cidade e vendida por 5,00 p saco de 1 kg)… Tambem acredito que os cães treinados sao uma ferramenta e tanto para sobrevivencialismo… sou caçador e sempre usamos cães para rastrear javalis… abs!

  3. Tenho dois Shitzus, cães que tem pelugem longa e são classificados como “de luxo”. Eles cresceram comendo a ração mega super premium dolar que os veterinários recomendam. Entretanto, há uns dois anos, pesquisando descobri o movimento “raw food for dogs” e fiz o teste com os meus cachorros: uma semana comendo apenas alimentos naturais (osso, carne, um pouco de arroz, legumes crus, frutas) e adivinhem o que aconteceu!
    Isso mesmo, os cães ficaram ótimos. Passei então a combinar a ração com a alimentação natural, e toda a saúde deles ganhou um upgrade! O tártaro dos dentes (que o veterinário queria cobrar uma pequena fortuna para limpar, com um procedimento até arriscado para o cão) sumiu!
    No mercado aqui perto é vendida uma bandeja de “osso para sopa” que custa R$1 e dá para uma semana para um cachorro, então pela fortuna de R$2 semanais eu consegui um resultado realmente excelente!
    Até as fezes deles ficam secas e sem cheiro nos dias em que só comem osso/carne/frutas/legumes.
    Essa é minha experiência pessoal, não sou veterinária, mas me parece que a melhor comida para os cães é também aquela que é a melhor para os humanos: a natural, crua, fresca, colhida na sua horta e preparada por você. Os enlatados e ultraindustrializados não são melhores que o que a natureza oferece, e a degradação geral da saúde que vemos à nossa volta parecem comprovar isso.

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